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Celestino Joanguete lança romance sobre neocolonialismo e justiça territorial

Foi lançado, no passado dia 23 de Maio, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Brasil, o romance O Diálogo com os Búzios, da autoria de Celestino Joanguete, docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O evento reuniu estudantes e professores da instituição anfitriã, num ambiente de diálogo académico e reflexão crítica sobre temas que entrelaçam as realidades africanas e brasileiras.

A sessão de lançamento foi marcada por uma activa participação da comunidade académica da UFSM, que se envolveu num debate intenso após a apresentação da obra, explorando as múltiplas camadas simbólicas, políticas e estéticas propostas por Joanguete.

Prefaciado pelo professor José Gil Vicente, da Universidade Federal do Amazonas, o romance foi publicado pela editora Autografia, sediada no Rio de Janeiro, e destaca-se como uma voz inovadora no panorama literário lusófono. A obra combina crítica social com densidade estética, abordando temas contemporâneos como o impacto da indústria extractiva sobre as comunidades locais, os efeitos do neocolonialismo económico e a articulação destas dinâmicas com necropolíticas que operam à escala local.

Com um enredo que se inscreve na tradição dos romances engajados, O Diálogo com os Búzios propõe uma reflexão profunda sobre a resistência ancestral, a memória cultural como instrumento de luta, e os desafios impostos pelos modelos de desenvolvimento predatório. Através de uma narrativa marcada por simbolismo e força crítica, o autor questiona as lógicas de expropriação de territórios e saberes, propondo uma literatura que é, simultaneamente, denúncia e acto de resistência.

A obra de Joanguete representa, assim, uma contribuição significativa para o debate internacional sobre justiça territorial e sobrevivência cultural, ligando as lutas históricas do Sul Global à literatura como ferramenta de consciência e transformação. O lançamento no Brasil reforça os laços entre académicos e escritores africanos e brasileiros, e sublinha o papel da universidade como espaço de promoção do pensamento crítico e da produção literária comprometida com as realidades sociais.

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